Dicas indispensáveis para o CV em inglês
Antes de mais nada, acho importante deixar claro que não tenho experiência com Recursos Humanos nem com a contratação de executivos. As dicas deste post se limitam à orientação sobre a língua inglesa. Para obter informações sobre formato e/ou conteúdo de seu currículo em inglês, por favor, consulte os dois sites especializados no tema indicados a seguir.
1. Não use o tradutor automático
Não use software de tradução automática, em hipótese alguma, para fazer seu currículo em inglês. Se seu nível de inglês for básico e não tiver confiança para redigir o texto sozinho, peça para algum amigo ajudar ou, melhor ainda, contrate um tradutor profissional. Uma tradução automática, como as dos dois exemplos, pode conter erros elementares que podem, “automaticamente”, te deixar de fora do processo seletivo.
Assista ao vídeo “Como se sair bem na entrevista de emprego em inglês” e aumente suas chances de causar uma boa impressão e, é claro, conseguir a contratação!
2. Modelos de currículo
Há diversos sites que oferecem modelos de currículo em inglês. Encontrei vários exemplos para diversas carreiras em Free Resume Samples. Escolha o que melhor se adapta ao seu estilo e ao cargo que pretende. Pelo nome do site você já percebeu que “resume” é a palavra da língua inglesa que quer dizer “currículo”. O que talvez você ainda não saiba é que ela pode ser escrita com até dois acentos!
3. Ordem direta
Em inglês, é recomendável mantermos a ordem direta das orações. Você não sabe do que estou falando? Explico: sempre que possível, procure manter a sequência “sujeito”, “verbo” e “objeto”. Por exemplo, I worked for Hearns & Hearns International from 2004 to 2007. O sujeito é “I” (eu), o verbo é “worked” (trabalhei) e o complemento é “for Hearns & Hearns International from 2004 to 2007” (na Hearns & Hearns International de 2004 a 2007). Não pense que vão achar que o seu texto em inglês está muito simples nem que a frase estaria errada se ela começasse com “From 2004 to 2007, I worked for…”.
Não se esqueça de que a inversão dos elementos da oração, algo normal e até esteticamente positivo em português, é menos comum na língua inglesa. Prefira, portanto, a objetividade e a simplicidade na construção das orações na língua inglesa. A recomendação vale para o seu currículo e para qualquer outra forma de comunicação profissional.
4. Precisão nas informações
Em vez de escrever algo como “I worked in a project that generated a lot of sales.” (Trabalhei em um projeto que gerou muitas vendas.), seja, se possível, mais preciso. A frase poderia ficar assim “I led the (name) project, a sales effort that generated 2.3 million dollars in 18 months.” (Fui responsável pelo projeto (nome), uma campanha de vendas que, em 18 meses, gerou um faturamento de 2,3 milhões de dólares). Sem exageros, quanto mais específica a informação, melhor.
5. Ortografia: tudo cuidada é puoco!
Um errinho bobo de digitação pode demonstrar falta de atenção e desleixo. Não confie cegamente no corretor ortográfico do MSWord, ou de qualquer outro editor de texto, porque há palavras com grafia parecida em inglês. Portanto, se você escrever, por exemplo, “ball” (bola) no lugar de “bell” (sino), o corretor não vai perceber. Um erro dessa categoria, muito comum até entre os nativos.
Se você não tiver 100% de certeza quanto à ortografia de uma palavra, abra o dicionário e, com calma, confirme qual é a grafia correta. O currículo é seu cartão de visita para o mercado de trabalho e não vale a pena arriscar. Afinal de contas, o texto tem só uma ou, no máximo, duas páginas.
6. Os números, o ponto e a vírgula
Outro erro frequente nos textos em geral é a não observação do sinal usado para separarmos as casas decimais. O que em português é vírgula, vira ponto em inglês. Onde usamos ponto, usa-se a vírgula em inglês. Este é mais um detalhe aparentemente insignificante, mas que merece toda a nossa atenção.
7. Gramática
Seria impossível apontar aqui todos os possíveis tropeços gramaticais que podem surgir em um currículo. Um deles, no entanto, é um dos mais recorrentes: a diferença entre o Simple Past e o Present Perfect. Lembre-se de que devemos usar o Simple Past para descrevermos as atividades concluídas, com a definição de tempo explícita ou implícita. Prefira o Simple Past, portanto, para descrever todos os cursos concluídos e os cargos que você já não ocupa mais. Para descrever seu cargo atual ou, eventualmente, cursos e projetos ainda em andamento, prefira o Present Perfect.
8. SEja confiante, mas sem exageros!
Não há nada de errado em transmitir uma imagem confiante e segura no texto em inglês. Não tenha vergonha de destacar suas qualidades e realizações. Ninguém vai te achar arrogante. Mas não exagere na dose, é óbvio! Principalmente na hora de descrever seu nível de inglês. Não se esqueça de que inglês fluente é conceito vago, mas, no mínimo, você vai precisar sustentar uma conversa inteligente na língua inglesa durante a entrevista, né?
9. Business English
Cada setor da economia, seja no mundo empresarial ou acadêmico, tem seu jargão próprio e você somente terá familiaridade necessária se você incluir, na sua rotina diária, a leitura de publicações especializadas do seu ramo de atividade. Esse vocabulário específico só será criado, ampliado e mantido se você mantiver contato constante com ele.
10. Palavras e expressões comuns
Segue relação de palavras e expressões frequentes em currículos e sugestões de tradução.
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Melhorar, implementar, gerar, organizar etc. – Em geral, a tradução desses verbos não costuma causar problemas. Opte por “IMPROVE”, “IMPLEMENT”, “GENERATE”, “ORGANIZE” (AmE) ou “ORGANISE” (BrE) etc.
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Ajudar – A opção recomendada é mesmo “HELP”. Aliás, se você não for a pessoa responsável por uma atividade, use “HELP” + outro verbo da lista acima, como em “I helped improve…”, “I helped organize…” etc.
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Realizar – Não há solução única para as diversas possibilidades de uso desse verbo. Em geral, prefira “CARRY OUT” ou “PERFORM”.
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Criar = o verbo “CREATE” não é, em geral, a opção ideal. Prefira soluções do tipo “ORGANIZE”, “DEVELOP”, “PUT TOGETHER”, “CARRY OUT (A PLAN)”, entre outras opções.
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Ser responsável – Tenha muito cuidado com a grafia de “RESPONSIBLE”. O correto é assim mesmo, com “i” no lugar do “a”! Escreva, portanto, “I was responsible for the marketing campaign.” Outra opção é “TO BE IN CHARGE OF”, como em “I was in charge of the accounting department…”.
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Cargo – A palavra mais comum é “POSITION”.
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Realização – As opções são “ACHIEVEMENT” e “ACCOMPLISHMENT”.
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Conhecimentos de… – Escreva “KNOWLEDGE OF” ou “WORKING KNOWLEDGE OF…”.
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Conhecimentos de Informática – “COMPUTER SKILLS” é uma boa resposta.
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Estágio – Em geral, usa-se “INTERNSHIP”. Essa é a palavra que você usa também para dizer “residência médica”, por exemplo.
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Estagiário/a – “INTERN” ou “TRAINEE”.
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Analista – Sem hesitação, aqui a resposta é simples: “ANALYST”.
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Experiência Profissional – As alternativas são “EXPERIENCE”, “WORK EXPERIENCE”, “PROFESSIONAL EXPERIENCE” e “POSITIONS HELD”.
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Formação Acadêmica – Opte por “EDUCATION” ou “EDUCATIONAL BACKGROUND”.
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Aluno de Graduação – Tenha muito cuidado porque “UNDERGRADUATE STUDENT” é a resposta.
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Aluno de Pós-Graduação – É preciso atenção porque há outra pegadinha: “GRADUATE STUDENT”.
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Objetivo – A opção ideal é mesmo “OBJECTIVE”.
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Trabalho voluntário – A expressão “(TO DO) VOLUNTEER WORK” é válida, assim como “TO WORK AS A VOLUNTEER FOR (NAME OF ORGANIZATION)”.
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Extracurricular – Escreva “EXTRACURRICULAR (COURSES, ACTIVITIES etc.)”.
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ONG – A sigla em inglês é “NGO” (Nongovernmental Organization).
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Treinamento – Escreva “TRAINING PROGRAM”.
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Fazer curso – A opção mais comum é “TO TAKE A COURSE”.
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Competências – Use “SKILLS” ou “SKILLS SET”.
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Data de nascimento – Embora este seja um item dispensável no CV em inglês, as opções são “DATE OF BIRTH” ou a abreviação “D.O.B.”. Não se esqueça de inverter dia e mês, pois no currículo em inglês 11/2/1991 é dia 02 de novembro e não 11 de fevereiro.
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Natural de… – Esta é também informação, na maioria das vezes, irrelevante. Se necessário, escreva “PLACE OF BIRTH”.
Currículo em inglês: 10 dicas indispensáveis para o CV em inglês